Após muita pressão de inúmeros atletas e diversos comitês olímpicos e paralímpicos espalhados pelo mundo, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio estão oficialmente adiados para 2021. A definição se deu após uma reunião em que estiveram presentes Shinzo Abe (primeiro-ministro do Japão), Thomas Bach (presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mori Yoshiro (presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020), Hashimoto Seiko (ministro olímpico do Japão), Koike Yuriko (governador de Tóquio); John Coates (presidente da Comissão de Coordenação do COI), Christophe De Kepper (diretor geral do COI), e Christophe Dubi (diretor executivo do COI para os Jogos Olímpicos).

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“Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas o mais tardar no verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, de todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional”, afirma o comunicado publicado no site oficial do COI.

Esta será a primeira vez na história dos Jogos Olímpicos da Era Moderna que a competição será postergada. Em outras três ocasiões, o evento estava previsto e não aconteceu: 1916, por conta da Primeira Guerra Mundial, e 1940 e 1944, devido à Segunda Guerra Mundial.

O COI e o Comitê Organizador dos Jogos vinham recebendo forte pressão pelo adiamento há pelo menos duas semanas, desde que, em 11 de março, a NBA decidiu interromper a temporada por conta da pandemia do novo coronavírus e foi seguida por todas as grandes ligas esportivas espalhadas pelo mundo. Nos últimos dias, a pressão se intensificou ainda mais com atletas indo às redes sociais para pedirem que a Olimpíada e a Paralimpíada tivessem suas datas originais modificadas.

Para piorar a situação do COI, no domingo (22), após Thomas Bach ter admitido pela primeira vez que uma resolução sobre um possível adiamento sairia em quatro semanas, os Comitês Olímpico e Paralímpico do Canadá divulgaram um comunicado anunciando o boicote às duas competições caso não fossem postergadas.

Em seguida, nesta segunda-feira (23), a presidente do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos, Sarah Hirshland, e a diretora Susanne Lyons soltaram um comunicado afirmando que, ao receberem um pedido de adiamento feito por 1.780 atletas filiados ao comitê, passavam a apoiar a decisão, em vez de privilegiar o COI, como havia sido feito até então.

A princípio, o COI e o Comitê Organizador dos Jogos vinham forçando o não-adiamento. No entanto, com a possibilidade de um boicote em massa após as declarações de Canadá e Estados Unidos, a posição foi revista e até de forma bastante acelerada. Já na primeira reunião, realizada nesta terça-feira (24), optou-se pelo adiamento.

Olimpiada 2021

Fonte: Máquina do Esporte