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    Rugby em Cadeira de Rodas, também chamado de “Quad Rugby” surgiu no Canadá, na década de 1970, então com o nome de “Murderball”. A modalidade foi desenvolvida como opção esportiva para pessoas com tetraplegia, que encontravam dificuldades em obter o mesmo desempenho de atletas com menor comprometimento na prática do Basquete em Cadeira de Rodas.

São elegíveis para a prática do Rugby em Cadeira de Rodas atletas com deficiência física, porém, com alto grau de comprometimento, sendo no mínimo três membros a nível neurológico ou amputação e deformidades nos quatro membros. No Brasil, atletas com tetraplegia correspondem a mais de 90% dos praticantes.

O Rugby em Cadeira de Rodas, assim como outras modalidades paralímpicas, apresentam um sistema de classificação funcional no qual os atletas são divididos em sete classes funcionais: 0.5, 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0 e 3.5, sendo que, quanto menor a classificação funcional, maior é o comprometimento motor. A equipe em quadra é formada por quatro atletas, podendo ser de ambos os sexos, cujo a soma da pontuação da classificação funcional não pode ultrapassar 8 pontos.

O jogo ocorre em quadras com dimensões do basquetebol convencional e é utilizada uma bola semelhante à do voleibol. A partida é disputada em quatro períodos de oito minutos, com o cronômetro parando a cada interrupção do jogo.

O objetivo da modalidade consiste no atleta ultrapassar o gol adversário, localizado na linha de fundo ofensiva com domínio total da bola, anotando o chamado “try”. O gol possui oito metros de comprimento e é demarcado por dois pequenos totens. 

Assim como o Rugby de Campo, a modalidade em cadeira de rodas possui ações como bloqueios, passes, dribles e fintas, utilizados com o objetivo de alcançar a meta ou de evitar que o adversário a alcance. O contato entre as cadeiras é permitido e é uma das principais características do esporte e a que mais chama a atenção do público.

Regras
● Aspartidas são disputadas em quatro períodos de 8 minutos cada, com intervalos de dois minutos entre o 1º e 2º período, de cinco minutos entre o 2º e 3º períodos, e novamente de dois minutos entre o 3º e 4º períodos.
● Ocronômetro para a cada interrupção de jogo
● Cadaequipe tem até seis pedidos de tempo técnico, sendo 2 pedidos pelo treinadores (duração de 1 minutos) e até 4 pedidos pelos jogadores (duração de 30 segundos).
● Aquadradejogo tem as mesmas medidas de uma quadra de basquete, com 28m de comprimento por 15m de largura.
● Paraanotar a pontuação (chamada de “try”), o atleta deve cruzar a linha de fundo por dentro da zona delimitada por dois cones.
● Aáreadepontuação possui 8m entre um cone e outro.
● Aequipecomaposse de bola tem o tempo cronometrado de 40s para tentar notar a pontuação. No caso de estouro do tempo, a equipe perde a posse, passando ao adversário.
● Osatletas participantes recebem pontuações que variam de 0.5 (maior comprometimento de movimentos) a 3.5 (menor comprometimento de movimentos).
● Cadaequipe atua com quatro atletas em quadra e a soma da pontuação destes atletas não pode ultrapassar 8.0
● Paracada atleta do gênero feminino em quadra, é permitido um adicional de 0.5 na pontuação dos jogadores em quadra (por exemplo, no caso de uma atleta feminina em quadra, a soma máxima permitida para os quatro atletas será de 8.5

Ano: 1977

O Murderball, depois rebatizado para Rugby em Cadeira de Rodas, é criado por um grupo de cinco pessoas, sendo quatro delas tetraplégicos que buscaram modalidades esportivas que pudessem realizar juntos, sendo tetraplégicos 

Ano: 1995

Ocorre o 1º Campeonato Mundial de Rugby em Cadeira de Rodas.

Ano: 2000

 Rugby em Cadeira de Rodas aparece pela 1ª vez nos Jogos Paralímpicos de Atlanta 1996 e entra oficialmente para o programa paralímpico nas Paralimpíadas de Sidney 2000.

Ano: 2005

IWAS World Games – Jogos Mundiais de Cadeira de Rodas e Amputados – Tributo à Paz – Primeira aparição do Rugby em Cadeira de Rodas no Brasil com uma equipe formada por jogadores elegíveis e inelegíveis.