Na disputa do terceiro lugar no Rugby em Cadeiras de Rodas, Brasil perde por 46 a 43 para a Colômbia e agora fica mais difícil a classificação para a Paralimpíada no Japão. Entenda!
Por Giovana Pinheiro_27/08/2019_OlímpidaTodoDia
Não foi fácil. Ânimos exaltados. Rivalidade a flor da pele. Nessa terça-feira (27), Brasil e Colômbia se enfrentaram pela disputa da medalha de bronze no Rugby em Cadeira de Rodas dos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. Na reedição da última competição, em Toronto 2015, mais uma vez, quem se deu melhor foi a Colômbia que venceu a partida por 46 a 43. O Brasil terá maiores dificuldades no caminho até Tóquio 2020 e terminou com o quarto lugar. Entenda!
É complexo. O jogo era de extrema importância para o Brasil, que dependia da vitória para ficar com o bronze e a vaga ao classificatório. Mas as chances ainda existem como explica a treinadora Ana Ramkrapes: “O nosso planejamento era ficar em terceiro lugar ou segundo, porque já tem vaga garantida no qualifying, que é uma repescagem para a Paralimpíada. Foi através desse qualifying que os Estados Unidos classificaram na última. São oito times, que vão disputar duas vagas. Os técnicos jogam com as regras, então nesse qualifying os segundos lugares ou os terceiros e quartos estão, por exemplo, na Europa que são vários times: o primeiro e o segundo lugar já está garantido pra Tóquio. O terceiro e o quarto vão pro qualifying. Aqui da América o segundo e o terceiro vão. E a oitava vaga é do time mais bem ranqueado. Não sendo esses setes. Atualmente, o Brasil é o mais bem ranqueado. E todo mundo que está a nossa frente já está no qualifying. Não vai entrar nessa regra. Por exemplo, Suécia e França, que já estão na nossa frente. Agora, vai atualizar o ranking do campeonato europeu e desse campeonato Pan-Americano. Se o Brasil se manter em nono lugar no ranking. Ou se qualquer um que passar o Brasil já estiver no qualifying ou na Paralimpíada direto a gente vai pro qualifying de novo”.
As regras são difíceis, mas Ana completa: “É o trabalho do técnico. Estudar o fora. A gente trabalha muito mais fora do que dentro de quadra. Trabalho longo”. E por falar longo, dessa forma, o Brasil terá pela frente: “Se eu não me engano, o qualifying é em março. A gente volta no começo do mês para uma semana de treinamento. A gente vai para um evento teste em Tóquio. O trabalho é um trabalho grande. Um trabalho de macrociclo. Então são etapas que a gente foi seguindo. Essa etapa a gente vai ter que programar um pouco. Reprogramar e jogar com essas regras, pra conseguir de novo buscar essa vaga nas Paralimpíadas, mas não acabou. A gente fica triste, claro, queríamos uma medalha Pan-Americana. (…) Mantenho claro (o otimismo), acredito muito neles”, conclui a técnica.
O jogo Brasil X Colômbia – Disputa do Bronze
Na primeira rodada, o Brasil venceu a Colômbia por 48 a 41. Se na estreia a Seleção conseguiu terminar na vantagem em todos os períodos, na partida da disputa pelo bronze precisou lidar com as adversidades. No início da partida fez 3 a 2, mas logo os rivais encostaram e viraram o placar: 7 a 5. E daí a rivalidade começou a falar mais alto. Rafa Hoffmann fez 8 a 9 e encostou no placar, mas o primeiro tempo terminou 11 a 8 para a Colômbia.
Começou a segunda etapa: tensão. Mais uma vez, Hoffman fez o try que encostou o Brasil no placar, mas os adversários não davam moleza. Julio Braz tentou, viu o Brasil empatar em número de ações do primeiro tempo, mas precisava tirar a diferença do primeiro tempo, que só passou a aumentar. Os ânimos começaram a ficar mais agitados e a rivalidade começou a falar mais alto. A Colômbia fechou por 25 a 21 o segundo tempo.
Quatro pontos de diferença. O Brasil não conseguiu segurar, viu a Colômbia dominar com Jhon Orozco que anotou a maioria dos trys. A torcida brasileira tentava incentivar a equipe, mas não era suficiente, a vantagem colombiana aumentou e o terceiro tempo fechou 37 a 31 para eles. Era tudo ou nada, seis pontos de diferença, o Brasil diminuiu, Julio Camargo ficou suspenso um minuto. A Seleção encostou, faltavam três pontos para o empate e 35 segundos. Não teve jeito. A cena se repetiu como em Toronto 2015: a Colômbia ficou com o bronze por 46 a 43.
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