Rugby em Cadeira de Rodas do Brasil conquistou seu lugar no pódio do Parapan Americano da modalidade, disputado em Assunção, no Paraguai

A Seleção conquistou a medalha de bronze no último sábado, 09 de setembro, ao derrotar a Seleção da Colômbia por 48 a 42
Foto_Resultado Final Bras x Col

O time de rugby em cadeira de rodas dos Estados Unidos terminou invicto no Campeonato Internacional da Federação de Rugby para Cadeiras de Rodas (IWRF) para se qualificar para o Campeonato Mundial IWRF 2018, de 4 a 5 de agosto, no Complexo do Parque Olímpico de Sydney, na Austrália. No jogo da medalha de ouro, os Estados Unidos derrotaram o Canadá 54-43. Além de conquistar a medalha de prata, o Canadá qualificou-se também para o mundo em Sydney. Na partida da medalha de bronze, o Brasil venceu a Colômbia 48-42. Somada às vitórias sobre a Argentina, Paraguai, Chile e a Colômbia, o Brasil ficou atrás apenas dos EUA e Canadá, assumindo ainda o primeiro lugar do ranking Sul-Americano.

O Brasil fez uma partida perfeita e sobrou em quadra, com bons passes e marcação afinada, nossos atletas de ataque conseguiram marcar gols enquanto os jogadores de defesa barravam o ataque colombiano. Uma partida equilibrada em muitos momentos, mas o Brasil com velocidade e precisão mostrou melhor no final.

Nossa Seleção de Rugby em Cadeira de Rodas conquistou ainda dois prêmios individuais. Melhor ponto baixo: Jose Raul e Melhor ponto médio: Davi Abreu. O Melhor ponto alto ficou com Chuck Aoki e o Jogador mais valioso Josh Wheeler, ambos dos EUA. O Prêmio Desportivo foi para Carlos Portillo, do Paraguai.
Foto_Premio_Individual_02

José Raul festejou dizendo que “quando o coletivo é bom as individualidades se destacam. Orgulhoso por ter conquistado a medalha de bronze no Parapan do Paraguai e ter a honra de ter sido nomeado o melhor ponto baixo da competição, em uma competição com tantos ídolos da mesma classe, como Trevor Hershfield, Pico Dagenais do Canadá, Charly N-m da Colômbia e Chad Cohn dos Estados Unidos, dentre outros”, destacou.

Júlio Braz destacou também que “conquistar essa medalha e essa colocação foi muito importante pra mim e para a modalidade no Brasil. Quero agradecer aos meus colegas do time e a equipe da Associação Brasileira de Rugby em Cadeiras de Rodas que acreditam em meu potencial. Tenho certeza que esse bronze é só um começo para o ouro. Parabéns equipe, parabéns Brasil”, comemorou.

Para Ana Ramkrapes, técnica da Seleção a conquista do Bronze foi “para todos os torcedores essa medalha foi uma conquista incrível e também para os profissionais da área. Foi o torneio de destaque da Seleção Brasileira, com técnicos e atletas de outras seleções renomadas entrando em contato para elogiar e torcer pela nossa equipe. Para a nossa equipe técnica e atletas, foi mais do que resultados e reconhecimentos, foi uma avalanche de emoções, a união que o grupo construiu, os laços que se fortaleceram e o que se mostrou em quadra foi um reflexo do que está acontecendo fora dela, um grupo unido, coeso e em busca de um bem comum, deixando de lado egos e individualismos. Buscamos de volta nossa medalha, enfrentamos muitos desafios no decorrer do torneio, mas voltamos de ‘alma lavada’, sensação de trabalho concluído e dever cumprido, encerramos mais uma etapa, mas o ciclo continua, e nossos sonhos são muito maiores, continuaremos trabalhando duro. Agradecemos as torcidas, essa energia contribuiu muito para o nosso fortalecimento e conquista”, comemorou Ramkrapes.

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Conquista – Para o presidente da ABRC, Luiz Claudio Pereira, a conquista do Bronze eleva o Rugby do Brasil, mostrando que somos capazes e é um orgulho ser o número um da América latina no rugby. “Em 2008 fundamos nossa Associação Brasileira da modalidade e realizamos de lá até agora 10 Campeonatos Brasileiros, com 13 equipes espalhadas pelo Brasil, inúmeras clínicas coordenadas por uma equipe das mais competentes nas áreas de saúde e técnica. Nosso trabalho não se limitou somente em apresentar uma equipe de rugby, mas também em transforma todos o nosso trabalho em quadra em pesquisas apoiadas internacionalmente onde fomos agraciados com mais de oito trabalhos aprovados em congressos e, inclusive, tendo um aprovado como capa de revista internacional. Formamos em parceria, vários classificadores com títulos Nacional e Internacional, bem como um investimento sem medida para que a mesma oportunidade aconteça também na equipe Arbitragem.
Com o desafio da Seleção A e B, desejamos preparar não uma, mas duas equipes paralelamente com as mesma oportunidade e em condições de poder representar nosso país em qualquer lugar e oportunidade. Tudo e todos foram e são importantes para esse resultado. Alguns já não estão entre nós, alguns estão, porém fazendo outras atividades e outros continuam seguindo em frente trabalhando.
Fica aqui um registro que tivemos e temos um grande agradecimento peloo papel desempenhado não medindo esforços para nos ajudar nesse caminhar, são eles: o ex Presidente do CPB do Vital Severino Neto, Andrew Parsons e o atual presidente Mizael Conrado que vem seguindo nessa linha de apoio e manifestação de trabalho e ampliação de oportunidades. Também a Caixa Econômica Federal através da Loterias Caixa, registrando nossos agradecimentos a toda equipe desta conceituada empresa que pra nós tem sido mais que um Banco, o Superintendente Nacional Gerson Bordignon, e Silvia Fernanda Cardoso.
Ser o número da América do Sul e a terceira das Américas perto do Canadá e bem próximo dos USA, fundadores da modalidade em 1977, nos tira do sonho e nos chama a realidade. Fomos separados, deixamos de ser menino e agora somos homens. Daqui pra frente não teremos descanso, somente trabalho e mais trabalho. Sei que nossa torcida cada vez maior, atletas cada vez mais qualificados, clubes filiados cada vez mais conscientes de seu dever, e uma instituição cada vez mais acolhedora, responsável companheira, solidária que é a Andef-Niterói/RJ que não mede esforços para nos receber cada vez que solicitamos através do seu coordenador João Batista Carvalho, primeiro presidente do CPB, nosso muito obrigado!”, finalizou.

Foto_Diretoria

Os jogos do Brasil:
05 de setembro
Brasil 43 x 61 Estados Unidos

06 de setembro
Brasil 59 x 25 Argentina
Brasil 45 x 50 Canadá

07 de setembro
Brasil 80 x 07 Paraguai
Brasil 66 x 16 Chile

08 de setembro
Brasil 53 x 47 Colômbia
Brasil 46 x 59 Canadá

09 de setembro
Bronze – Brasil 48 x 42 Colômbia

Seleção Brasileira:
Jogadores:
Davidson Daniel Oliveira Alves, Alexandre Vitor Giuriato, Marcílio Nunes dos Santos, José Raul Schoeller Guenther, José Higino de Oliveira Souza, Rafael Hoffmann, Daniel da Silva Gonçalves, Davi Rodrigues Coimbra Abreu, Julio Cezar Braz da Rocha, Guilherme Figueiredo Camargo, Julierme Augusto de Souza e Gilson Dias Wirzma Júnior.

Comissão Técnica:
Chefe de Missão: Luiz Claudio Alves Pereira
Sub-Chefe de Missão: Carlos Kamarowski Junior e Luiz Claudio Pontes da Silva
Técnica: Ana Paula Boito Ramkrapes
Auxiliar-Técnico: Antonio Manoel Pereira
Preparador Físico: David Lobato Borges
Fisioterapeuta: Márcia Cristina Moura Fernandes
Enfermeiro: Francisco José Oliveira Lopes
Mecânico: Pedro Henrique Vital Rosa
Apoio: Luiz Felipe dos Santos Pereira